O Martagão Gesteira recebe do Rotary apoio para o Forum Mundial do Voluntariado

O Martagão Gesteira recebe do Rotary apoio para o Forum Mundial do Voluntariado
O Rotary Club da Bahia e o Rotary E-Club da Bahia promoveram com a Governadoria do Distrito 4550 o Primeiro Forum Internacional sobre Trabalho Voluntário em Oncopediatria. Palestrantes de todo o mundo, entre eles o Porfessor Sanchez, do Vall D'Hebron Barcelona, Sunny Sharma, fornecedor e apoiador doos hospitais Texas Children Hopsital e MD Anderson Cancer Center de Houston, Nubia Mendonça do GAACC, a equipe do GRAACC de São Paulo e o Porfessor Odone da USP. Da Bahia Drs. Jose Bahia Sapucaia e Luciana Nunes, além do Governador Rota´rio Leonardo santos e da Presidente Anaci Paim. o Professor Geraldo Leite palestrou em nome da Fundação José Silveira. Md Anderson Texas,

Dalai Lama
Dalai Lama e o Mundo do Negócios
ANA RITA FERRAZ
DALAI LAMA: COMPAIXÃO NOS NEGÓCIOS
Recebemos, agora em setembro, a IV visita de Sua Santidade o Dalai Lama, que falou para 500 empresários sobre uma “Nova consciência nos negócios”. Destacou a grande relevância desse segmento para dar exemplo de honradez e de lisura, reconhecendo a sua grande influência para promover transformações. Conclamou, assim, para uma nova consciência, fundada na disposição para o diálogo e na criação de estratégias sustentáveis. Sugeriu que os princípios morais adotados para a condução dos negócios estejam para além da lógica estritamente econômica, e que os critérios para avaliação de metas sejam ampliados, considerando as conseqüências decorrentes do processo de globalização econômica.
Dessa forma, o Prêmio Nobel da Paz ratificou a sustentabilidade e o diálogo como condições emergentes neste século, e prioritárias do ponto de vista da manutenção da vida no planeta. A sua proposta é que façamos o caminho de volta através da atitude compassiva. A compaixão é uma disposição afetiva fundamental e que só é possível pela abertura irrestrita para ser em comunhão com o outro. O outro que não se restringe ao meu próximo, mas a todos os seres viventes e ao planeta; o outro que me convoca e envolve, projetando-me num sentido de co-pertencimento. E para melhor compreender tal desafio devemos nos perguntar qual interesse é comum a todos. A busca pela resposta seria, então, o fio condutor que guiaria empresários e suas empresas.
Nos povos de tradição oral a transmissão dá-se pelo exemplo: do pequeno índio que com os homens aprende a lavrar, da indiazinha que faz a tapioca com as mais velhas. Mas percebam que não apenas se aprende nesse encontro, a lavrar e a preparar o alimento. Aprende-se, pela convivência, a dinâmica da natureza, a relação com o outro, os
princípios que regem a vida em sociedade e a cultura do povo. E mais: não se aprende exclusivamente com o pai ou com a mãe biológicos. Os filhos são filhos da comunidade. Há uma responsabilidade universal posta pelo sentido de pertencimento e de participação na vida comunitária. Desta perspectiva, o Dalai Lama propõe que os empresários ousem
subverter a lógica até então em vigor. Provoca-os para essa responsabilidade universal, estabelecendo metas empresariais que sejam pautadas, antes, na compaixão e no diálogo. E se como mais velhos são exemplo, espera-se que não se esqueçam que incontáveis são seus filhos e que suas decisões são espelho para muitos.
O ensinamento do budista tibetano vale, por extensão, para nos fazer pensar o papel das lideranças nas organizações. Em que medida diálogo e compaixão fazem parte do modo de exercer esse papel? É possível aprender a dialogar e a ser compassivo? O que significa liderar pelo exemplo?
Ana Rita Ferraz – parceira da Voigt Brasil RH. É Psicóloga, Psicodramatista, Mestre em Educação pela Universidade Federal da Bahia, Doutoranda em Educação e Contemporaneidade pela Universidade do Estado da Bahia.
* Agradecemos a colaboração do companheiro Eduardo Athayde pelo texto cedido.

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